O policial Eudson Cerqueira Cabral se apresentou na manhã de ontem, a 64ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), a qual o mesmo é lotado. Depois seguiu para a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), acompanhado com o major Muller.
No final da manhã desta quinta-feira (31), os delegados João Rodrigues Uzzum, Dorean dos Reis Soares, Ana Cristina e o coordenador da Polícia Civil, Ricardo Brito, que fazem parte de uma Força Tarefa que está investigando o Crime Organizado na cidade de Feira de Santana, realizaram uma entrevista coletiva para Imprensa, sobre a elucidação da morte do empresário Gil Porto.
A entrevista aconteceu na sede da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), localizada no Complexo de Delegacias do Sobradinho. “O mentor e autor da morte de Gil Porto foi Gregório. Ele, além de fazer parte de um grupo de extermínio, também é integrante de uma quadrilha de grilagem que faz parte do Crime Organizado que vem acontecendo na cidade de Feia de Santana”, frisou a delegada Dorean dos Reis Soares.
O policial Eudson Cerqueira Cabral se apresentou na manhã de ontem, a 64ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), a qual o mesmo é lotado. Depois seguiu para a Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), acompanhado com o major Muller.
Investigação
O coordenador, Ricardo Brito contou que desde dia do crime que vitimou o empresário Gil Porto, as investigações foram iniciadas. “Conseguimos identificar que o empresário que é correto de imóveis, teria vendido um terreno no ano de 2011, na avenida Noide Cerqueira, sendo que, esse mesmo terreno estava sendo negociado através de uma escritura falsa por Gregório no final de 2013. A partir dai começamos a acompanha-lo, monitora, não só ele como todas as pessoas envolvidas”.
“No dia de ontem conseguimos com o apoio do Ministério Público e o Poder Judiciário, os mandados de prisões e buscas e apreensões. Encontrando na sua residência e escritura do terreno, a arma que possivelmente foi usada no crime. O documento falso é de compra e vendas”, frisou Ricardo Brito.
Documentação
A delegada Dorean dos Reis Soares explica que o documento, é uma escritura de sessão de posse, não é uma escritura pública de compra e venda. Mas vamos apurar também se o cartório que está lá, tem participação, por que eles podem falsificar, como também tem extrato de IPTU pago deste terreno, onde sabemos que a quadrilha falsifica pagamentos de IPTU e de outras taxas.
“Então, Gregório é um dos grandes grileiros daqui de Feira de Santana, ele é o líder dessa quadrilha e também faz parte de um grupo de extermínio. Esse terreno como o Doutor Ricardo disse, foi comprado por uma empresa daqui de Feira de Santana, em 2011 totalmente legalizada com escritura, tudo perfeito. Em 2013, como eles fazem, a quadrilha identifica o alvo (terreno) que pode ser do poder publico ou particular, invadem, depois cercam, quando não aparecem ninguém, no prazo de 10 a 15 dias, eles começam a levantar muro.
"Quando foi por volta de 2013, os verdadeiros donos do terreno que pertence a uma clinica aqui na cidade, ao ver a placa de vendas, entraram em contato com Gil, informando que o terreno estaria sendo invadido. Gil, como corretor correto, foi lá e encontrou Gregório no terreno juntamente com uma parte da quadrilha que também está sendo investigada. Houve a primeira discussão, nesse terreno também existe uma placa de venbda com o telefone do próprio Gregório. Gil também entrou em contato com ele via telefone".
"Quando foi no final de abril e o inicio do mês de maio, Gregório voltou a subir os muros no terreno, onde houve outra discussão no dia 02 de maio, sendo que, desta fez foi mais acirrada e Gregório teria dito que mataria Gil. No dia 21 do mesmo mês, Gregório passou a seguir Gil, por volta do meio dia, começou a escolta-lo e por volta das 18 horas, na Praça São Francisco, no bairro kalilandia, Gil foi assassinado".
Envolvimento de Outras Pessoas
A delegada Dorean contou ainda que a quadrilha de grilagem é grande, inclusive tem policiais civis, militares, funcionários públicos, pessoas civis. “Ficamos surpresos quando encontramos colegas numa situação, mas a lei tem que ser feita, nos temos obrigação quando tomamos conhecimento, ir pra cima, como diz. Infelizmente já temos informações que policiais civis e outros policiais militares estão envolvidos diretamente na invasão de terras”.
“Então estamos pedindo para que as pessoas que foram ou estão sendo vitima dessa quadrilha que entre em contato conosco, além de nos delegados, também estamos tendo o apoio de um grupo de Promotores Públicos e Juízes, que também estão juntos conosco no combate ao Crime Organizado”, finalizou Dorean.
Ainda de acordo com a Força Tarefa, as investigações continuam e mais pessoas podem ser presas no envolvimento da quadrilha da grilagem e no assassinato de Gil Porto.