O advogado Hércules Oliveira da Silva, disse que em nome da famÃlia do policial, a Aspra tem reunido esforços para esclarecer a conduta do policial, ele era vÃtima da sua companheira. Inclusive, eles não estavam separados, porém a mulher
Na manhã de quinta-feira (30-08-18), os advogados da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Hércules Oliveira da Silva e Hilton Oliveira Ribeiro, realizaram uma coletiva de imprensa para esclarecer os fatos envolvendo o policial militar Florisvaldo Júnior, que morreu com um tiro, após perseguir o veículo onde estavam a companheira Nieve e um homem identificado como Ronaldo, na Avenida Nóide Cerqueira, na madrugada de domingo (26-08-18).
O advogado Hércules Oliveira da Silva, disse que em nome da família do policial, a Aspra tem reunido esforços para esclarecer a conduta do policial, ele era vítima da sua companheira. Inclusive, eles não estavam separados, porém a mulher declarou o contrário durante seu depoimento à polícia.
“O policial registrou na data de 21 de novembro de 2017, a 1ª ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia Territorial da cidade por lesão corporal por ele sofrida, inclusive fez exame de corpo de delito. Ao tomar ciência que o policial tinha registrado ocorrência, ela no dia 13 de dezembro de 2017 se dirigiu à DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e fez um registro de ameaça e injúria, apenas para acobertar o crime por ela praticado”.
“ No dia 23 de julho de 2018, o policial mais uma vez se dirigiu à delegacia e registrou a 2ª ocorrência por lesão corporal praticado também pela companheira Nieve. Na ciência dessa nova ocorrência registrada, ela se dirigiu novamente à DEAM e registrou mais uma ocorrência para acobertar as práticas por violência doméstica que ela praticava. Sendo assim, quebra-se a primeira barreira colocada de forma abrupta de que o policial tinha várias ocorrências na DEAM, de registros pela prática de violência doméstica. Na verdade, ele, que era a vítima”, explicou o advogado.
Hércules Oliveira declarou que a violência doméstica é uma pandemia nos lares brasileiros, mas que existe uma parcela de homens que são violentados diariamente e quando se revoltam, as mulheres, para se proteger, se dirigem à delegacia especializada para fazerem registros.
“Da mesma forma temos aqui, e isso foi apresentado na Deam, quando ele foi ouvido, mensagens de redes sociais em que ela faz ameaças ao policial. Existe um histórico de violência da Nieve contra o policial. Outro ponto a ser esclarecido é que eles não estavam separados. O terceiro ponto é que em momento algum a Nieve era companheira ou namorada do autor do disparo, que naquele dia tão somente deu uma carona para Nieve, que estava em um aniversário, e se desencadeou todo aquele fato”.
Família do PM Revoltada
Hércules Oliveira afirmou ainda que, apesar do acusado de matar o policial ter dito em depoimento que comprou a arma para se defender dele, Florisvaldo nunca ameaçou o autor do disparo. “Nunca tiveram contato, não o conhecia. Precisamos desmistificar essa situação porque os familiares do policial, a sua mãe de 70 anos, seus quatro filhos todos ficaram desconfortáveis da forma como a Polícia Civil colocou a figura dele. Era um relacionamento em que ele morava na casa da mãe, ela frequentava a casa da mãe dele e eles saiam rotineiramente como namorados, ou seja, era um casal de namorado.
Durante o depoimento da mãe dele ontem ao ser ouvida na delegacia esclareceu que Nieve, por diversas vezes, inúmeras vezes chegava à residência dela 2h a 3h, 4h da madrugada para acordar o filho debaixo de xingamentos e ele saia para satisfazer as vontades dela”.
“O filho dele de 21 anos, disse também que, no dia do fato, o policial se dirigiu à residência da ex-namorada para levar algum objeto, ela informou que estaria chegando em casa, e ele resolveu aguarda-la. Ela chega de carona com o Ronaldo e se desencadeiam todos os fatos conhecidos”, finalizou Hercules.
Entenda o Caso
O policial Militar, Florisvaldo Moreira Santos Junior, que trabalhava na Companhia Independente de Polícia de Guarda, responsável pela segurança do Conjunto Penal de Feira de Santana foi assassinado com um tiro no pescoço, na madrugada desde domingo (26-08-18), por volta das 2 horas. O acusado de cometer o homicídio foi identificado como Ronaldo Jerônimo de Souza Carvalho.
A delegada Ludmila Vilas Boas, plantonistas da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), responsável pelo levantamento cadavérico do corpo do policial, contou que a principal linha de investigação é Crime Passional. “A informação que obtemos aqui no local, o policial teria perseguido um veículo Honda Civic, placa NYZ 0210, onde estavam a ex-namorada e um rapaz, identificado como Ronaldo Jerônimo de Souza Carvalho”.