A presença de crianças em levantamentos cadavéricos é uma situação que vem sendo alvo de debates entre entidades que atuam na preservação dos direitos infantis e da PolÃcia Civil. A preocupação se deu depois da constatação pela imprensa do grande número de crianças presentes nos locais onde são realizados os levantamentos cadavéricos.
A presença de crianças em levantamentos cadavéricos é uma situação que vem sendo alvo de debates entre entidades que atuam na preservação dos direitos infantis e da Polícia Civil. A preocupação se deu depois da constatação pela imprensa do grande número de crianças presentes nos locais onde são realizados os levantamentos cadavéricos.
Nilton Andrade coordenador do SI da Delegacia de Homicídios fala em relação aos prejuízos para as crianças. “As crianças não devem estar presentes nesses locais, testemunhando essas cenas de violência. Isso não é legal. Elas vão ficar com aquela imagem ruim na mente e isso não é bom. Nós estamos vivendo uma época de muita violência e as crianças que não entendem isso. Alguma coisa tem que ser feita em relação a isso”, relatou.
Ele relata o que pode ser feito para evitar a situação. “O que deve ser feito é sempre coibir a presença de crianças nesses locais. Para a Polícia Militar e a Polícia Civil é um pouco complicado ter que fazer isso. O ideal seria uma equipe do Conselho Tutelar acompanhar esses levantamentos cadavéricos”, sugere.
CONSELHO TUTELAR
Carla Priscila, membro do Conselho Tutelar III de Feira de Santana, informa que a demanda já é muito grande. “Nossos três conselhos já não abrangem mais Feira de Santana toda. Se pararmos nossas atividades internas e externas para atender essas demandas, nosso trabalho vai ficar ainda mais difícil”, falou.
Priscila diz que, como o número de homicídios em Feira de Santana é muito grande, não há condições de o Conselho Tutelar fazer esses acompanhamentos. A conselheira explica que a responsabilidade não cabe ao Conselho Tutelar. “Essa é uma função que qualquer cidadão pode fazer. A própria Polícia Militar, a Polícia Civil e Guarda Municipal podem alertar os pais, falando que não é correto que as crianças presenciem essas cenas, que a situação é muito chocante”, disse.